Urubatan Miranda (Santana de Parnaíba/SP)
SINOPSE
Para esta composição coreográfica, parte-se de alguns conceitos utilizados pelo artista Lucian Freud em suas obras como a dureza, a aparente inexpressividade de alguns de seus personagens e o vazio psíquico que se aloja no corpo, para dominar o desejo, contrastando com a precisão dos seus traços enfaticamente realistas. Trata-se de reconfigurar a plasticidade de seus retratos perturbadores, crus, com algo de grotesco e de auto-abandono. Busca-se estabelecer mais que um diálogo com a obra pictórica, o objetivo é, no fundo, a construção de uma dramaturgia como reconfiguração do movimento interno a essas pinturas. Está ou se sente encarcerado em uma espécie de quarto solitário, nu, despossuído de tudo: de sexo, de desejo, de destino. Quando está nu, parece livre do desejo e da vergonha; e se está vestido, não é por vaidade ou porque tenta seduzir. Algo sórdido e também sublime parece trazer a alma para o lado de fora do corpo, tentando revelar-se sem máscaras e sem preconceitos.
FICHA TÉCNICA
Atuação: Urubatan Miranda | Duração: 30 minutos | Indicação etária: 16 anos