Segunda-feira é dia de Exú. A palavra “Exú” significa, em iorubá, “esfera”, aquilo que é infinito, que não tem começo nem fim. Exu é o princípio de tudo, a força da criação, o nascimento, o equilíbrio negativo do Universo, o que não quer dizer coisa ruim. Exú é a célula mater da geração da vida, o que gera o infinito, infinita vezes. É considerado o primeiro, o primogênito; responsável e grande mestre dos caminhos; o que permite a passagem o inicio de tudo. Exú é a força natural viva que formenta o crescimento. É o primeiro passo em tudo. É o gerador do que existe, do que existiu e do que ainda vai existir.
Não percebendo a população negra representada nos palcos e na plateia do teatro em Belo Horizonte, o que é um reflexo da sociedade, é necessário que nos façamos presente. O questionamento sobre o racismo estrutural, nesta ação, atravessa o campo da criação e reflete na estrutura produtiva da segundaPRETA. Nos reunimos, pretas e pretos artistas e o teatro espanca, para “bater essa laje”.
Neste sentido, empretecer um dia da semana com espetáculos de qualidade, significa tocar a raiz da estruturação cultural eurocentrada desta linguagem e promover mudanças significativas na fruição teatral.
“Ô meu corpo, faça sempre de mim uma pessoa que questiona”
Frantz Fanon