Fotos: Pablo Bernardo
SINOPSE
A palavra Àbíkú é, numa tradução literal: Abí (nascer) e Ikú (morrer). Refere a um mito Yorubá (grupo étno-linguístico localizado na África Ocidental) que professa a respeito de crianças nascidas sob um destino: Vir ao mundo, causar grandes transformações e partir ainda infantes.
O espetáculo Àbíkú transporta o mito africano para a realidade brasileira, contrapondo a ideia de “Destino” proposta pelo mito por meio da relação de “Causalidade” trazida pela condição social em que os personagens estão inseridos, envolvendo o público numa atmosfera hora lúdica, hora fática… hora rija, hora branda… hora hílare, hora banzo… onde o mítico e o real se confundem, convidando o espectador tanto a vivenciar a poética dessa história, quanto a refletir sobre a ética discriminatória de nossas reações sociais.
A peça conta a história de André, um menino que nasce da falta de diálogo entre os pais, cresce na ausência de perspectivas para o futuro, vive em meio às desigualdades sociais do país e morre a sombra de um mito – o mito das crianças Àbíkú.
FICHA TÉCNICA
Realização: Teatro Negro e Atitude
Direção: Evandro Nunes
Texto: Evandro Nunes, Clécio Lima, Danielle Anatólio e Marcus Carvalho
Elenco: Clécio Lima, Sinara Teles e Marcus Carvalho
Cenário: Clécio Lima
Figurino: Alex Teixeira
Iluminação: Paulo Alves Faria
Direção Musical e Trilha Sonora Original: Marcus Carvalho
Produção: Marcus Carvalho
Duração: 60 min
Indicação etária: 12 anos
:: Eu e André ou Em poucas linhas uma tentativa de viver nos labirintos – por Soraya Martins